Uma pesquisa realizada pelo Centro de Doença Inflamatória Intestinal e publicada no periódico Dovepress revelou que os brasileiros só descobrem que estão com uma DII (Doença Inflamatória Intestinal) cerca de cinco anos após o início dos sintomas.
Isso ocorre porque muitas vezes os sintomas iniciais são menosprezados pelos pacientes, além de muitas vezes o diagnóstico não ser tão fácil e direto. Isso leva o paciente a conviver com seus sintomas até que a patologia seja devidamente diagnosticada e o tratamento adequado iniciado.
As DII se dividem basicamente em duas e ambas atingem o intestino, podendo causar sintomas variados. Neste artigo, falarei um pouco sobre elas.
As Doenças Inflamatórias Intestinais mais conhecidas são a Doença de Chron e a Retocolite Ulcerativa. As duas possuem algumas semelhanças como o fato de serem crônicas (podendo se manifestar em crises agudas seguidas de um tempo de remissão), acometerem mais pessoas jovens (principalmente mulheres) e alguns dos sintomas, como veremos a seguir.
Segundo esse mesmo estudo do Centro de Doença Inflamatória Intestinal, a Doença de Chron ainda é mais incidente que a Retocolite Ulcerativa, representando mais de 60% dos casos de DII no Brasil. Ambas possuem causas desconhecidas, mas já foram identificados casos relacionados com fatores genéticos ou imunológicos.
A Doença de Chron afeta principalmente a parte interior do intestino delgado e o intestino grosso, mas pode atingir qualquer parte do trato gastrointestinal. Ela causa uma inflamação que resulta em uma série de sintomas como diarreia, cólica abdominal, febre e, em alguns casos, sangramento intestinal.
Já a Retocolite Ulcerativa causa uma inflamação e ulcerações no intestino grosso e na camada mais superficial do reto, chamada de mucosa. A maioria dos sintomas se assemelha com os da Doença de Chron, como a diarreia, a febre e as cólicas, mas o sangramento pode ser mais intenso, muitas vezes chegando a uma hemorragia.
Por se tratarem de doenças crônicas, tanto a Doença de Chron como a Retocolite Ulcerativa não têm cura. O que acontece é que elas manifestam seus sintomas apenas por alguns períodos, então muitas pessoas acham que se trata de algo passageiro que curou sozinho, mas não é o caso.
É importante que todos que se identifiquem com mais de um desses sintomas procurem um médico especializado o quanto antes, principalmente quando eles aparecem com uma certa frequência. Como dito no início do artigo, o diagnóstico pode demorar, então é importante não esperar o quadro piorar antes de procurar ajuda.
O tratamento é basicamente medicamentoso, sendo a cirurgia reservada para casos muito específicos. Por se tratarem de doenças crônicas, é importante manter o acompanhamento médico mesmo nos períodos assintomáticos, pois o tratamento é contínuo.
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